sexta-feira, setembro 24, 2004

Olhos nos olhos.

Combinámos o local, a hora, o dia.

Faltou o motivo, que rapidamente se descobriu na primeira troca de espelhos de alma, á vista desarmada, casal enternecido.
Não, nem perto, éramos a felicidade, éramos o tempo, as eras, as estações.
Ficámos ali eternamente. Naquele momento. Mãos dadas, timidamente.

Ao fundo, um por do sol. Á frente, o arvoredo centenário, palavras gravadas dentro de nós.
E deles.

Abanas-me a caneta, rindo, percebes a mensagem, sorris. Beijas-me.
Fazes-me rir, criamos animais, pessoas, mundos, casas, crianças, nomes... Sorrisos, olhos nos olhos.
Vemos o que mais ninguém vê.

Vemos o amor.
Como é bom abraçar-te, e sentir que a efemeridade perdeu a batalha.

Amo-te muito.

Álvaro Punhal.

PS: Augusto, estou a ficar preocupado...