domingo, fevereiro 15, 2004

Dia dos namorados.

Com algum atraso, devido a algumas necessidades biológicas de curar ressacas.

Aqui vêm as tentativas de demonstração do que foi esse dia:

É difícil falar sobre isto, na medida em que neste momento sou uma pedra, reneguei-me um bocado ao mundo dos amantes. Sei o que significa, sei que é bom. Agora, que mete medo mete. Não o consigo negar.

Num dia como este, ver uma pessoa infeliz, ver um velho no jardim, sozinho. Ver um jovem a quem o futebol destruiu a vida a beber ao balcão. A ver um senhor viúvo a sofrer.

Este dia é ingrato.

Só escolhi um pouco ver a parte má do dia no sentido em que sei que todos os bloggers que se dedicassem a falar sobre isto o iriam fazer de uma forma bonita, sincera, do que sentem, na medida em que é difícil ver o lado mau de um dia como este.

Eu tentei. Consegui.

Francisco Ventura.

The End.



É tão bom, levantar-me e sentir que hoje vai haver sorrisos.

Aquelas faces iluminadas pelo prazer de um presente de quem mais amamos. E de quem mais nos ama.

Acima de tudo, o amor que resplandece nos olhos dos amantes, no calor de um beijo trocado.

Seja escondido num vão de escada.

Seja no meio de uma praça pública.

Seja um beijo mal trocado, inexperiente.

Seja o primeiro, o último.

Um beijo de mascarados, o tempo é pouco.

Um beijo amado.

Profundo, frio!

Mas seja!

Pode ser único.

Ou…

Ah e claro, vamos ver-nos? Vamos amar-nos mais uma vez escondidos? Já que somos um segredo, não existimos. Quero ver-te outra vez, abraçar-te!

Até logo.

Álvaro Punhal.

The End.



Nos bastidores não vês ninguém,
entras em cena, sem leme, sozinha.
quando te vês em palco, serás quem?
Mexes sentimentos humanos, cozinha
onde se destilam amores impossíveis.

Crias sorrisos, em momentos negros.
Esqueces o passado, no ontem duro.
Aqueces o mundo com segredos
de mundos felizes, amor seguro.
Lágrimas salgam os momentos.

S. Valentim, vejo-te em cada olhar
em cada casal de jovens namorados
amam a vida, insistem em sonhar.
Fragmentos, inesquecíveis, recordados
no calor do dia que te é dedicado.

Filipa Amado.

The End.



No medo deste dia, sentado no balcão de um bar, bebo sem qualquer objectivo. Afinal de contas, é um dia igual aos outros.

Para mim.

Desde que partiste, nada mais voltará a ser o que era. E sorrio, nostalgicamente perante o espelho, do outro lado do balcão. Á minha volta, existem almas soterradas no mesmo mundo que eu.

Mascarados? Será altura? Ou a carcaça humana que escolheram encobre as mágoas?

Sem dúvida, os momentos que passámos naquele local, o nosso local, onde deixámos tudo de nós, e abraçámos a vida.

Neste dia.

Noutro ano.

Só tenho pena, este dia além de ser o dia que é devia ser um dia para todos.

Mas nem todos podem ter tudo.

Ainda te amo!

Augusto Fonseca.

The End.



Over and Out.

Francisco Ventura.