zoiDoiz
Perco-me quando escrevo.
Mas este lugar fascina-me.
Quando tu Francisco, agonias na falta do que tenho para contar, sinto-me lisongeado. Eu não escrevo nada bem. Aliás eu não escrevo de todo. Deixo-as saírem. Às palavras, claro. Sonho um dia poder escrever, poder ser um "fingidor", e fazer a arte, em vez de a apreciar apenas.
Quando escrevo que choro, não escrevo que choro. Choro apenas.
Quando escrevo que aquele foi o melhor elogio que alguém me fez, não escrevo isso. Sinto-o apenas.
Ainda hoje li comentários que fiz, textos que postei, tanta coisa que não sabia tê-la feito. Olho para aquelas palavras, e só me oriento pelas horas que lá estão. Tento perceber mais ou menos como é que aquilo surgiu ali (bolas, ando mesmo cansado)
Mas sempre vou percebendo melhor como funciono e o que realmente vai fluindo aqui na minha cabeça.
Este lugar que me fascina é o mundo. Às vezes escreveria que esse mundo é o mundo. Hoje, estou umbiguista, carente talvez, faltou alguém dizer-me "gosto de ti", ou ver aquele pormenor que não vou esquecer nunca, hoje o mundo que me fascina é o meu. Sou eu. Há tanta coisa que não sei sobre mim! E que vou descobrindo! E escrevendo, às vezes.
Caramba, às vezes sabe tão bem ser egoísta.
Conseguir largar a preocupação que se tem por toda a gente. Só me sinto assim quando estou na iminência de desatar a chorar. Quando o que está enterrado surge de novo. E escolhe sempre a pior altura.
Dantes escrevia aqui sem medo. Ninguém lia isto. E eu podia espelhar-me aqui à vontade, sem medo de me dar a conhecer e sem medo que lessem isto e pensassem que estou a mais. Porra Francisco, porque é que tens de escrever tão bem? Agora continuo a escrever aqui sem medo. Já muita gente (e os/as que sei que lêem isto respeito tanto) lê isto. E eu continuo a espelhar-me aqui à vontade, sem medo de me dar a conhecer. Pensem que eu estou a mais, digam-mo na cara, não quero saber! Escrevo com raiva! Com a certeza que isto sou eu! E se eu sou desconexo também isto o é! E se isto está uma confusão é o que eu sou! O que o meu mundo é! Por dentro! Por fora! RRRR rrr RRRR-rrR-R-rr !!!
Nunca escrevi aqui nada, sem deitar lágrimas ou antes ou durante ou depois.
Percebes agora Francisco, porque é que só escrevo às vezes?
(porque nem sempre as lágrimas que choro a todos os momentos, saem cá para fora. Às vezes não passam das glândulas lacrimais)
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home