sábado, dezembro 27, 2003

Zabadia tolene muava. Sensia? Luinava? Morla comança rarteada, marato pursia e fartia tanporto.

...

Destaia. Destaia...

quinta-feira, dezembro 25, 2003

Natal

Direi, enganei-me.

Os abraços ainda contam algo.

Foi um momento não partilhado, em que tudo ficou, foi e voltou.

É assim, o Natal.

E voltará, para o ano.

Vou desembrulhar mais algumas prendas.

Álvaro Punhal.

segunda-feira, dezembro 22, 2003

Natal?

É bonito a forma como os sentimentos se tornam particularmente hipócritas nesta época do ano.

As aves pseudo-símbolo da harmonia, da união...

Dos ateus que se dignam a festejar.

Natal? Qual época de abrir prendas, ficar mais rico enquanto se empobrece?

Ou nascimento de um líder?

É tão bom observar as obras de benificiência que só se lembram de aparecer agora. (Ao menos aparecem...)

Hipocrisias.

Desembrulhar esconderijos de felicidade? Ou sinal exterior de riqueza?

Fico farto, anos inteiros olho para eles como desconhecidos.

Amanhã tenho de lhes comprar uma prenda.

Bem chega de desabafos.

Álvaro Punhal.

domingo, dezembro 14, 2003

Noite.

A noite, as luzes.

Os amigos.

Os momentos passados e os vividos.

A saudade.

Os copos cheios e os por encher.

A nostalgia do adeus.

As recordações que ficam sempre.

Álvaro Punhal.

segunda-feira, dezembro 08, 2003

Fome

Fome
de vencer
de arrancar os olhos à Vida
e de os comer.

Fome
de fazer
frente à Vida
e de a surpreender.

Fome
de te conhecer.

Fome
de te ter...

quinta-feira, dezembro 04, 2003

Este post

foi escrito e re-escrito
imensas
vezes durante a infinita
solidão
de uma tarde

se as
palavras
apareciam e desapa
reciam
sem medo

é porque queriam dizer alguma coisa

GRITAVAM e GEMIAM
arrepiavam
estava tudo tão flagrante
e eu nem percebia

As palavras ficam melhor assim
sem mim

Sol Amor Paixão Futebol Dinheiro

São palavras
perseguimos as palavras
e elas angustiadas
já não valem nada

angustiadas
estão as palavras

por já não
valerem
nada

.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.

...

onde estão
as
palavras

ali em cima estava
m
onde têm signifi
cado

onde nã
o há nenhuma

e sentimos a falt
a
delas

onde olhamos para o nada-quase-nada e vemos tudo
todas as palavras estão lá, todas as possibilidades estão lá
e nós
sentimos as palavras em nós, e esta falsa-falta-delas
dá-nos as palavras outra
vês?
vês as palavras?
as palavras outra vez...

as palavras ficam melhor assim
sem mim...