sexta-feira, julho 13, 2007

É preciso fugir...

Abrir os olhos, lentamente
para não magoar.
Ver a noite cair, lágrimas
impessoais, não são minhas
nem tuas
nem de ninguém.
Dentro da vontade,
o medo do coração.
Elas caem, sem saber,
sem amar
Perderam a razão.
É tarde para isso.
É hora de...
Fechar os olhos
Reabrir
e
Fugir.

Talvez seja tarde fugir, porque nunca fomos capazes de nos encontrar.
É tarde, muito tarde.
E agora ouve-se o que marca, e custa tentar um novo dia sem enfrentar o que magoa. Seria verdade? Talvez, foi verdade no momento.
Agora? Resta a saudade.

Porque temos de fugir. Marca demais a verdade, a fuga sem medo de olhar para trás. E a vontade de não fugir. Guarda-se tanta saudade.
De um momento.

Perfeito.

Francisco Ventura.

quarta-feira, julho 04, 2007

Música.

Estamos sujeitos, todos os dias, a ouvir música, quer seja planeado, quer seja no bonito auto-radio que ainda não conseguiram roubar...

O que mais magoa, é o ouvirmos músicas que sem querer, não queríamos ouvir, talvez porque lembram coisas que não voltam mais, ou outras que não gostávamos que voltassem, ou outras que gostaríamos talvez que voltassem.

Assim ficam alguns cd's que me acordam na estrada, para o mundo, e que doem, talvez porque fomos capazes de contrariar a vontade (contrariedades) e agora perdemos a coragem de a voltar a ter.

É difícil ouvir algumas músicas.

Fica a "Lembra-te de mim" (Mafalda Veiga & João Pedro Pais).

Francisco Ventura.