sábado, março 24, 2007

Escondemos tanto do mundo porque temos medo que saibam. Temos medo que saibam que também sabemos o quanto dói.

Estou farto de escrever deprimências... Que raio, faz sentido nunca sabermos quão feliz estamos.

Criámos um mundo em que acreditamos, sem ele não sabemos onde moramos.
Somos felizes?

Talvez.
A escuridão sempre doeu menos que a luz.

Francisco Ventura. (Ou um deles).

sábado, março 10, 2007

As pessoas doem. E cai tudo quanto construímos.

Mais tarde? O reconhecer. Talvez. Não deixa de doer, e esforcei-me tanto por não morrerem. Eles que sempre cá estiveram como parte de mim. Perdi-os na magnificência parva da existência que não quis compreender.

E agora.

Estou sozinho.
Querem voltar?

Que voltem, estou cá sempre para os receber.

Criamos horizontes. Pessoas que queríamos ser enquanto nascemos. Crescemos. E perdemos as forças para os alimentar, e ficamos apenas nós.
Crescemos com eles, é certo. Deixámos morrer quem marcou. Quem doeu cá dentro e ultrapassámos como se não fosse nada. Porque fomos nós, porque foram bocados doentios de nós que queriam dominar o corpo que nem nós conseguimos controlar sozinhos.

Vida.

Francisco Ventura.

quinta-feira, março 01, 2007

Falta de sentimento.

Escrevo porque sim, porque faz falta deixar algumas coisas para trás.

E o que sabemos? Ouvimos música que marca, e faz sentir saudade.

Algo mais importa que isso?
Que sabermos onde fica?
Descer a escadaria?
Que desce lenta?
Muito devagar?
Será isto amor?
Que cresce assim?
Seremos nós a arte?
Feita uma escrita bela?
E que cresce desmesuradamente?
E sai, sem pensar, sem medo de sair fora da escala?

(Mesmo batendo no fundo, pensamento positivo.. Daqui só podemos subir.)

Tentei criar arte.

E borrei a pintura.

Francisco Ventura.