CIFA 2005 (Curso Intensivo de Formação de Animadores).
Pode alguém ser quem não é?
Acordo, imagino-vos a ver-me sonolento, sujo.
Sem medos, sem saudade, sem qualquer tipo de ignorância.
Amo-vos.
Gostava que alguma vez vissem isto.
Directores, co-directores, sub-directores, participantes, co-participantes, seja quem for, estou mal.
Não sei, sinto a preocupação do Pedro.
Sinto a Ana a acordar-me.
Sinto o riso sério do Ricardo.
Sinto o silencio da Rita.
Sinto o desvario da Rita Pureza.
Sinto os pensamentos da Inês.
Sinto o riso do Vasco.
Sinto as interrogações da Catarina.
Sinto as perguntas do Jaime.
Não ouço a Rita Felício, por gozo. Mas ela sabe que a oiço, sempre.
Sinto a dor dos viajantes por irem embora.
Não sei que ouça.
Ouvir será realmente importante?
Estou embriagado de sentimento, choro a saudade.
Choro a saudade mesmo.
Dói.
Ás vezes o amor negou-me o que me deram. Compreender-me.
Ou pelo menos tentar.
A fuga pelo riso é fácil.
Difícil é entranhar.
Não sei. A minha cara também tem noites de Sº. João e mar.
Ou não.
As minhas lágrimas terão?
De todos os momentos que tive... Foram os melhores de todos.
Nunca me imaginei chorar por alguém que nunca tinha tido.
A Serra.
O Verde.
O Amor.
A Saudade.
O nosso mundo.
Não me serve na alma.
Vocês.
Espalhem a notícia de que nunca me lembrei. Que sinto mesmo a vossa falta.
Todos.
OBRIGADO.
Francisco Ventura.