terça-feira, maio 03, 2011

Quando?

domingo, junho 13, 2010

Perdição

Perdi-me.

Encontro-me aqui?

Augusto.

sexta-feira, julho 13, 2007

É preciso fugir...

Abrir os olhos, lentamente
para não magoar.
Ver a noite cair, lágrimas
impessoais, não são minhas
nem tuas
nem de ninguém.
Dentro da vontade,
o medo do coração.
Elas caem, sem saber,
sem amar
Perderam a razão.
É tarde para isso.
É hora de...
Fechar os olhos
Reabrir
e
Fugir.

Talvez seja tarde fugir, porque nunca fomos capazes de nos encontrar.
É tarde, muito tarde.
E agora ouve-se o que marca, e custa tentar um novo dia sem enfrentar o que magoa. Seria verdade? Talvez, foi verdade no momento.
Agora? Resta a saudade.

Porque temos de fugir. Marca demais a verdade, a fuga sem medo de olhar para trás. E a vontade de não fugir. Guarda-se tanta saudade.
De um momento.

Perfeito.

Francisco Ventura.

quarta-feira, julho 04, 2007

Música.

Estamos sujeitos, todos os dias, a ouvir música, quer seja planeado, quer seja no bonito auto-radio que ainda não conseguiram roubar...

O que mais magoa, é o ouvirmos músicas que sem querer, não queríamos ouvir, talvez porque lembram coisas que não voltam mais, ou outras que não gostávamos que voltassem, ou outras que gostaríamos talvez que voltassem.

Assim ficam alguns cd's que me acordam na estrada, para o mundo, e que doem, talvez porque fomos capazes de contrariar a vontade (contrariedades) e agora perdemos a coragem de a voltar a ter.

É difícil ouvir algumas músicas.

Fica a "Lembra-te de mim" (Mafalda Veiga & João Pedro Pais).

Francisco Ventura.

quinta-feira, maio 03, 2007

Perdemos o Norte.

Perdemos o beijo, talvez porque foi tarde receber, ou não quisemos arriscar dar.
E agora, perdemos o medo, sozinhos, e arrependemos o medo que deixámos sempre transparecer. Porque não queríamos repetir! Porque fomos sempre capazes de o fazer sozinhos.

Hoje?

Somos, sozinhos.

Certamente.

Francisco Ventura.

terça-feira, abril 24, 2007

Words...

"With rue my heart is laden"

Francisco Ventura.

sábado, março 24, 2007

Escondemos tanto do mundo porque temos medo que saibam. Temos medo que saibam que também sabemos o quanto dói.

Estou farto de escrever deprimências... Que raio, faz sentido nunca sabermos quão feliz estamos.

Criámos um mundo em que acreditamos, sem ele não sabemos onde moramos.
Somos felizes?

Talvez.
A escuridão sempre doeu menos que a luz.

Francisco Ventura. (Ou um deles).

sábado, março 10, 2007

As pessoas doem. E cai tudo quanto construímos.

Mais tarde? O reconhecer. Talvez. Não deixa de doer, e esforcei-me tanto por não morrerem. Eles que sempre cá estiveram como parte de mim. Perdi-os na magnificência parva da existência que não quis compreender.

E agora.

Estou sozinho.
Querem voltar?

Que voltem, estou cá sempre para os receber.

Criamos horizontes. Pessoas que queríamos ser enquanto nascemos. Crescemos. E perdemos as forças para os alimentar, e ficamos apenas nós.
Crescemos com eles, é certo. Deixámos morrer quem marcou. Quem doeu cá dentro e ultrapassámos como se não fosse nada. Porque fomos nós, porque foram bocados doentios de nós que queriam dominar o corpo que nem nós conseguimos controlar sozinhos.

Vida.

Francisco Ventura.

quinta-feira, março 01, 2007

Falta de sentimento.

Escrevo porque sim, porque faz falta deixar algumas coisas para trás.

E o que sabemos? Ouvimos música que marca, e faz sentir saudade.

Algo mais importa que isso?
Que sabermos onde fica?
Descer a escadaria?
Que desce lenta?
Muito devagar?
Será isto amor?
Que cresce assim?
Seremos nós a arte?
Feita uma escrita bela?
E que cresce desmesuradamente?
E sai, sem pensar, sem medo de sair fora da escala?

(Mesmo batendo no fundo, pensamento positivo.. Daqui só podemos subir.)

Tentei criar arte.

E borrei a pintura.

Francisco Ventura.

domingo, outubro 15, 2006

Arde.

Custa, custa não saber para onde olhar, custa não saber onde estamos.

E acordo e dói a luz do dia. Dói saber que o mundo não é o nosso e sentir que afinal a vida é bem mais do que soubemos dar-lhe. E rimos, rimos todos felizes, porque sim, porque a vida somos nós.

Seremos, ou acordamos a cada dia, a descobrir um sorriso que nos agrada? Ou a hipocrisia sobe mais que o amanhã, e o mundo somos nós?


Não, o mundo sempre fui eu.
E o meu mundo.
Sós.
Em sofrimento.

Francisco Ventura.

terça-feira, maio 09, 2006

Ia criar o post mais curto de sempre.

Sim, fazes-me falta.

Francisco Ventura.

terça-feira, abril 18, 2006

Há coisas que nunca mudam.

Faz-se os possíveis e os impossíveis por sobreviver lentamente, sem pressas, na vida que trazemos connosco, sem coragem para enfrentar as sombras.

Assombro o passado, tristemente, com medo. Viro-me, encontro segurança. Sobrevive, por cima de todas as noites sozinho e triste, na esperança de encontrar alguém. De te encontrar. Assustado procuro o encaixe. No meio do sorriso, da ternura. Dos filmes que vemos e fazemos. E dos que somos capazes de sentir juntos. Podia ser superficial. Podia ser apenas uma companhia para me fazer ver a claridade no meio da bruma em que me escondi. Mas não, recuso-me a ver a flor no meio do espasmo de sofrimento, no campo ceifado pela dor e pela derrota. Não pode ser. Tem de ser algo mais.

Tu.

Algo mais, para vermos além da poeira, e acreditar que há raízes e braços por dentro da terra que pus por cima das feridas. Sentir-me seguro no teu abraço, no teu riso.

Inundei os olhos sem querer saber porquê. Fazes-me feliz.

És tu. Demasiado tu para desaparecer após o momento. Não fujas.


Obrigado.

Álvaro Punhal.

quarta-feira, outubro 26, 2005

É tão fácil.

Dizer adeus...

E não voltar.

Desculpem.

Francisco Ventura.

terça-feira, setembro 20, 2005

Manifesto.

Podia ser fácil, sem despedidas. Desaparecer simplesmente. Partir simplesmente pelo prazer da chegada. Bater a porta. Descer para a rua, com lágrimas nos olhos.
Sem ressentimentos. Esquecer a despedida. Nunca a despedida. Seria mais difícil, talvez, esquecer o mundo que deixámos. Mas nunca a despedida. Rever conhecidos através de fotografias, de memórias, de sonhos. Trocar de estradas, sozinho. Criar laços, mas sem os quebrar. Nunca a despedida.

Não permitir a despedida, não seria justo abraçar para dizer adeus. Não faz sentido. Podíamos encher as caixas do correio com saudade, com fotografias dos novos mundos, com sonhos por realizar. Mas nunca com a despedida.

Mas nunca com a despedida.

Proíbam a despedida.

Francisco Ventura.

domingo, julho 24, 2005

Idades.

Hoje, cresci mais um pouco, aliás...

O bilhete de indentidade diz que sim.

19.

Não sei, começo a sentir-me velho... Quando tinha 10 fiquei contente por ter dois algarimos no nome, ter duas velas.

Quando fiz 18 fiquei contente por ser maior.

E agora, fico descontente por Einstein saber tanto sobre parar no tempo.
De que me vale viajar á velocidade da luz sem ser apanhar um calor de morte e parar?

E voltar para trás? Não?
Parai os relógios e abri os olhos. Aí, tudo fará sentido.

Francisco Ventura.

PS: Não me arrependo de nada, principalmente de ter conhecido quem sabe de quem estou a falar.

sábado, julho 16, 2005

Sabes que...

Amo-te.

terça-feira, julho 12, 2005

Raízes

Deixa-me embalar-te o sorriso, lentamente. Com medo do medo que fomos.
De saber que nem sempre fomos nós, e que desejamos sê-lo, eu e tu.

Saber que não mentes, quando sorris.
Ver-te de longe, e reconhecer o passo de quem não quer esperar. De saber que corres de braços abertos para mais um abraço... De saudade.

Carente, sigo as luzes. Com medo de me perder.
Como um louco, tremo.
Ensina-me a acreditar naquilo de que sempre fugi.

Sair do lodo de sal e fumo em que me escondo.
De saber que sabes... E não mo dizeres, não é preciso.

Nada é preciso desde que me ames.
Gosto muito de ti meu amor.

Francisco Ventura.

terça-feira, junho 28, 2005

O efeito de ti.

Acordar, com medo de ser um sonho... O escuro do quarto, a solidão.
As lembranças. Abraçar-te.
Cheirar-te, os beijinhos no nariz. O forma mais pura. O sonho tornado realidade.
O risco.

De não sermos nós. De termos medo.
Os mimos que podem ser necessidade mortal de sorrir. De encontrar algum calor.
O medo das incertezas.
Os olhos cor de vento, as expressões.
A saudade na despedida. O que ficou por dizer. O que temos medo de escrever.
Os sorrisos temporários, os amuos.

A saudade.
A saudade mata.
O medo destrói. Quero-te aqui.
As traseiras do conforto, a espera da iniciativa.

O querer descrever o que sinto e não conseguir.
Não, não te esqueço nunca.

Francisco Ventura.

segunda-feira, maio 23, 2005

Farto de voar.

Não sei que diga, Benfica.

Fehér, é teu.

Álvaro Punhal.

domingo, maio 08, 2005

Sei que é tarde...

...que devia estar a dormir. Que venho de me divertir.
Mas não deixo de me lembrar das mães, principalmente de ti avó, que nos deixaste há tão pouco tempo.

Para saberes que não te esqueço.

Beijo.

Francisco Ventura.

sexta-feira, abril 29, 2005

As 2 postas de merda, esta e a que está em baixo, morrerão se não comentarem todas as outras.. pelo menos a que estão abaixo das minhas. RENDAM-SE!!

Francisquinho. Sobriozinho. (TOU CMÓ AÇO!).

Que raio.



Que tipo de bêbado você é?




É coincidência com certeza...

Francisquinho.

terça-feira, abril 19, 2005

Avózinha.

Dia após dia, via-te decair para esse mundo de que tanto tinhas medo...
A morte.

Amo-te tanto, tenho tantas saudades tuas, de te beijar na testa, de ver o teu rosto enrugado pelo tempo, o teu olho amoroso azul.
E tenho de viver com a culpa de não te dizer amo-te, nos ultimos tempos que te restavam.

De saber que sofrias, por estar doente. Por quereres viver, plantar as tuas flores, cuidar de tudo quanto te rodeava. Por me protegeres.
Não há palavras para ti.

Acordar com a minha mãe a dizer que tinhas morrido... Ainda o choque não tinha sido o suficiente, ver-te dentro daquela caixa terrível, a cair terra dentro, a ir ter com o avô. Sinto tanto a tua falta.

Não merecias. Avó santinha que tanto amavas a tua dezena de netos, cada um á sua maneira, como cada um precisava.
Espero que estejas bem, a ver-me a escrever isto, a saberes que não te esqueço, nenhum dia.
Uma vez ensinaste-me uma oração, há muitos anos.
Que nunca me esqueço.

Desejo-ta a ti. Á tua alma santa. Que ficará para sempre connosco.
"Anjinho da guarda, minha companhia, guardai a minha alma, de noite e de dia."

Amo-te tanto.
Não há maneira de o dizer.

O que mais espero, é que estejas feliz. E no dia que tiver de ir para aí, estejas para me dar o teu beijinho amoroso. Porquê?
Porque tinhas de ir?
As tuas histórias, a tua vida longa.
Os teus sonhos.

Tudo quanto te rodeava.
Acho que vais gostar de saber que as hortênsias que plantaste aqui, estão todas em flor.

Estamos todos contigo.
Beijo grande. Sei que não devia chorar, estás bem aí, bem melhor que a doença que te possuia por dentro, destruia os teus sonhos. E os nossos.

Mas não me consigo sentir bem sem te ter aqui a apoiar-me.
Beijinho.

Francisco Ventura.

sexta-feira, abril 08, 2005

Não sei o motivo...

Não consigo dormir, faz-se tarde. A manhã vem, lentamente a caminho dos meus olhos.
Parecia bastar um pouco da vossa companhia, uma canção.

Agora, estar aqui sozinho... de papel e caneta.
Sem qualquer tipo de calor.
Espero e desespero, uma palavra.

Ou uma conversa. De saudades.
Nasceu qualquer coisa.

Seriam as noites, tardes, vidas... Que fomos.
Ou seriam os sorrisos cansados das noites mal dormidas.
As conferências na incubadora de ideias.

Tudo.
Tudo mesmo.

Francisco Ventura.

segunda-feira, março 28, 2005

CIFA 2005 (Curso Intensivo de Formação de Animadores).

Pode alguém ser quem não é?

Acordo, imagino-vos a ver-me sonolento, sujo.
Sem medos, sem saudade, sem qualquer tipo de ignorância.
Amo-vos.

Gostava que alguma vez vissem isto.

Directores, co-directores, sub-directores, participantes, co-participantes, seja quem for, estou mal.

Não sei, sinto a preocupação do Pedro.
Sinto a Ana a acordar-me.
Sinto o riso sério do Ricardo.
Sinto o silencio da Rita.
Sinto o desvario da Rita Pureza.
Sinto os pensamentos da Inês.
Sinto o riso do Vasco.
Sinto as interrogações da Catarina.
Sinto as perguntas do Jaime.
Não ouço a Rita Felício, por gozo. Mas ela sabe que a oiço, sempre.

Sinto a dor dos viajantes por irem embora.

Não sei que ouça.

Ouvir será realmente importante?

Estou embriagado de sentimento, choro a saudade.
Choro a saudade mesmo.

Dói.

Ás vezes o amor negou-me o que me deram. Compreender-me.
Ou pelo menos tentar.

A fuga pelo riso é fácil.
Difícil é entranhar.

Não sei. A minha cara também tem noites de Sº. João e mar.
Ou não.
As minhas lágrimas terão?

De todos os momentos que tive... Foram os melhores de todos.
Nunca me imaginei chorar por alguém que nunca tinha tido.
A Serra.

O Verde.

O Amor.

A Saudade.

O nosso mundo.

Não me serve na alma.
Vocês.

Espalhem a notícia de que nunca me lembrei. Que sinto mesmo a vossa falta.
Todos.

OBRIGADO.

Francisco Ventura.

quarta-feira, março 16, 2005

Ausência!

Temos estado fora, ausentes, ou o que quer que seja...

Antes que pensem que o Augusto se suicidou, eu me embebedei até á morte, a Filipa fugiu e o Álvaro foi de férias...

Não. Mas vamos estar ausentes mais algum tempo, e decidimos acordar a data para talvez daqui a 2 semanas.

Pedimos desculpa. Aliás, até nos vão agradecer por deixar de vos importunar com queixumes.

Francisco Ventura.

quarta-feira, março 02, 2005

O que é isto?


Teste de Personalidade

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Isto é bom ou mau?





Your Seduction Style: The Dandy





You're a non-traditionalist, not limited by gender roles or expectations.
Your sexuality is more fluid than that - and you defy labels or categories.
It's hard to pin you down, and that's what's fascinating about you.
You have the psychology of both a male and a female, and you can relate to anyone.


Isto é bom ou mau?
Sinceramente não consegui perceber muito bem.

Francisco Ventura.

domingo, fevereiro 06, 2005

"Atiram pedras."

E custa-me voltar. Ser eu. Subir a este mundo que não é meu.
No alto céu, onde encontro as personagens que criei. (E sabes bem.)

Gostam mais deles? Paciencia.
Não sei ser eu mesmo! Talvez porque me deixei levar nas criações, mas não deixo de amar.
Amá-los.

Ai poetisa. Matas-me sem saber.
Corróis-me só por existir.

E não queres... E não queres.

Beijo.

Francisco Ventura. (É tão estranho... Escrever-te.)

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Pelos caminhos de anteontem.

Quando voltares, quando vieres, quando me olhares.
De longe, de perto, chegada a mim, de mão dada.
Pelo caminho beija o vento, as flores, o mundo por onde passei.
Assim, quando sentir o perfume de amor, as estradas por onde passámos.
Juntos.
Quero que voltes! Assim como eu voltei!
E te amei. E amo, e sinto, e... e... Sei.

Tenho saudades.
Beijo.

Álvaro Punhal.
PS: SIM! Ainda sou vivo. Pelo menos acho eu.

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Mudanças.

Passei hoje um bocado da tarde a modificar isto. Espero que gostem tanto como gostei de o fazer.

Digam alguma coisa.
(Isto se o sistema de comments funcionar!).

Francisco Ventura.

terça-feira, setembro 28, 2004

Mais informo.

Fico estupefacto, isto de ser caloiro, ninguém me andar a praxar, não ter tempo para ninguém, não ter tempo para estudar...

Não me lembro de mais nada agora.

Calma, a perplexidade não se fica por aqui, tirando o facto de querer sair à noite e ficar estoirado na primeira meia hora, apetecer-me dormir nos bares, ou morrer de bêbedo, e dormir descansado...

Gah.

Ando estranho.

Francisco Ventura. (Noutro corpo, entenda-se.)

sexta-feira, setembro 24, 2004

Olhos nos olhos.

Combinámos o local, a hora, o dia.

Faltou o motivo, que rapidamente se descobriu na primeira troca de espelhos de alma, á vista desarmada, casal enternecido.
Não, nem perto, éramos a felicidade, éramos o tempo, as eras, as estações.
Ficámos ali eternamente. Naquele momento. Mãos dadas, timidamente.

Ao fundo, um por do sol. Á frente, o arvoredo centenário, palavras gravadas dentro de nós.
E deles.

Abanas-me a caneta, rindo, percebes a mensagem, sorris. Beijas-me.
Fazes-me rir, criamos animais, pessoas, mundos, casas, crianças, nomes... Sorrisos, olhos nos olhos.
Vemos o que mais ninguém vê.

Vemos o amor.
Como é bom abraçar-te, e sentir que a efemeridade perdeu a batalha.

Amo-te muito.

Álvaro Punhal.

PS: Augusto, estou a ficar preocupado...

domingo, setembro 19, 2004

A morte do sentimento estaria mais próxima.

Acredito tanto na morte da efemeridade que nem deixo hipótese de regar até á eternidade.

Francisco Ventura.

quarta-feira, setembro 08, 2004

Confissão.

Ahah, ficaste comigo durante anos, sem saberes o que me movia no teu sentido, os defeitos que insistias em mostrar-me, pequenos testes.
Agora, confrontas-me com a verdade, e dizes que me amas, numa corrida em que estamos juntos, na mesma maré.
É tão bonito, vermos a noite juntos, nascermos os dia juntos, abraçados, extasiados, sermos um só.

Agora, perguntas-me porque te amo...

Precisas mesmo de saber?

Álvaro Punhal.

quinta-feira, setembro 02, 2004

Tanta saudade.

Depois de todo este tempo fora, sem dizer, sem ler, sem sentir!

É muito bom encontrar o que encontrei!

Andei numas viagens pelo mundo interior, em descobertas lentas, longas e bestiais.

Digo-vos mais, aconselho toda e qualquer visita a um sítio verde, do lado de cá do rio, com uma linha de comboio do outro lado, em cima, no monte.
Ver as caras, pequeninas, nas janelas. Crianças a gritar, acenando!
Gestos obscenos, por vezes.
Cómicos até!

Céu impune, virgem, limpo.

Árvores em forma de animais, deformados pelas sombras.

Memórias que deixei, fumar deitado, nas raízes de uma árvore sem idade. Observar o barco, baloiçando nas ondas do rio.

Desenhos de algas, que não consegui fotografar.

Foi um mundo que deixei para trás... Certamente.

Álvaro Punhal.

À noite...

Ás vezes, quando a noite cai e a chuva se faz sentir, questionamos o facto de não termos asas...

Porque insistes em cortar-mas?

Francisco Ventura.

quinta-feira, agosto 19, 2004

Fragilidades.

Quando nos levantamos, e olhamos o sol, ficamos tão frágeis.

Francisco Ventura.

segunda-feira, agosto 16, 2004

Pobre coitado.

Pessoas... Que raio andei a fazer durante toda a vida, enquanto fingia criar lágrimas a que chamei sentimentos? Não sabes, não sei, ninguém sabe.
Ninguém sabe! No entanto insisti em ser alguem sob nomes que não eram o meu, em criações literárias ou sonhos por desfazer. Chama-lhe o que quiseres, mentiras, excepções á regra.

Chama-lhe MERDA.
Uma coisa é certa, os vazios que sentia, foram desaparecendo aquando das caminhadas.
Ego? Nada disso.

O ego morreu há muitos anos.
Quando me recusei a escrever com o meu nome.

Pobre coitado... De mim.

Francisco Ventura.

PS: Na ignorancia de saber se o post do jamiro era uma crítica, ou fosse o que fosse, decidi responder nas minhas medíocres e falsas palavras a uma provocação... Sim, senti-me provocado.

Irra!

Aparentas a solidão quando só te resta a amargura da vida banal a que estás confinado. Esfaborido e a fugir inventas mundos e pessoas e mais uma vez só te resta o que tens, enquanto anseias pelo que não podes ter. Enganas os tolos, mas isso nem são papas nem bolos: são palavras, e essas não se vendem, nem se enganam, impossível enganar quem delas bebe. Mas pobres coitados, acreditam em ti e tu mentes, poeta, qual poeta? O que mente, o que é um fingidor? Tomara tu seres meia pessoa da pessoa que Pessoa era! (Já mo tinhas dito, mas não o sentes, o teu ego não deixa espaço para honestidades) Tenho pena de ti. Deixaste-te abater pela mediocridade e já não procuras cativar; limitas-te aos tolos, aos burros, aos vazios, aos que pensam dominar as palavras, aos que te lêem e aos que falam contigo, mas não sabem nada, felizes ou infelizes, importantes ou não importantes, serão merda toda a vida enquanto se julgarem donos das palavras! Tolos! As palavras não são deles! São minhas! E só te será reconhecida a genialidade quando a mostrares derradeiramente: pega na pena e deixa que ela te mate. Os outros metem-me nojo, e juntam palavras sem saber que uma palavra é uma palavra e que isso é muito mais que tudo o que alguma vez essas pobres almas burguesas viverão! Choram tristezas que não são as delas, cantam amores que nunca viverão, maltratam as palavras com a sua infantilidade premente! Deixa-as! Volta para aqui! Cativa os que merecem! E deixa a mediocridade de lado! Manda-os à merda! Manda-os de uma vez! Mas manda-os para sempre! E que o teu espólio o reflita! Não tenhas medo de dizer nomes! Trata os tolos por tu, e manda-os apanhar no cú!! A sodomia literária a que te restringes é o cúmulo. Vai agora, e que por uma vez te tornes Homem: Homem com P maiúsculo, de Palavra.

Aforismos e letras, letras

Tento
descobrir o infinito da solitude
enquanto se esvaiem em sangue os sonhos da juventude
perdida

Com a supremacia do exímio
escolho sem medo o desconhecido
orbes e urbes se adivinham
a cada estante caída

E tento, mais uma vez
descobrir o infinito da solitude
enquanto se esvaiem em sangue os sonhos da juventude
perdida

A passo e passo se vão
e desenrolam pesos e medidas
vidas, são vidas
horas e minutos, causas escondidas

E sonho descaradamente
descobrir o infinito da solitude
enquanto se esvaiem em sangue os sonhos da juventude
perdida

Vazio e compreendido
entre duas fronteiras mordazes
de um lado a espera sorumbática
de quem do outro sabe o que vale

E não consigo
descobrir o infinito da solitude
enquanto se esvaiem em sangue os sonhos da juventude
perdida

Campos de morte a percorrer
outros de concentração só lhes resta o epíteto
não tive vagar de os surpreender
esganiçaram e quem morreu fui eu

Desisto de
descobrir o infinito da solitude
enquanto se esvaiem em sangue os sonhos da juventude
fodida.

quinta-feira, julho 08, 2004

Não sei.

Ontem, pelas ruas do mundo.
Dobrei as barras de sentimento, ardentes, negantes.

Deixei este caminho por trilhar, montei nos meus sonhos, e etéreo, distante, caminhei lentamente, levemente.
Em bicos de pés.
Para não te acordar na minha correria interna.

Não sei o que faço, incansávelmente e incontroladamente.
Bates louco, negas-te a aceitar as dores de amar.
Aceitas a loucura, insanidade de momentos.

O que fica marcado nas minha viagens, dentro de mim.
Nas coisas intensas.
Incenso de vida, fumegando.
Descontente sigo, caminhando
Na minha busca.

De quê?

Não sei.

Álvaro Punhal.

quarta-feira, junho 30, 2004

Conto de uma tarde de Verão

Aconteceu, como num sonho, uma miragem rarefeita, um oásis de prazer. Agarrados como se disso dependesse a vida (ou o nosso amor, que é mais importante que a própria vida) e já entranhados um no outro pelo suor e pelo olhar, amámo-nos sem cessar, como o fazemos sempre, a cada momento, desde que nos conhecêmos... o calor, o sentir, as gotas, o cheiro profano do sexo, escorriam de mim para ti com gosto, já nem eram meus; também não eram teus, são nossos.

Sorrimos.

Pediste-me para dançar, ao som da Carta daquele que ouvimos naquela noite especial; a música era um pretexto terreno, porque vivemos no plano etéreo onde sempre que pensamos um no outro (e como pensamos...) a música é nossa e só nos a ouvimos, se bem que outros a sintam quando irradia o que somos um para o outro. Outra vez agarrados, entranhados desde sempre, com os olhos fechados de quem conhece o corpo do outro de cor como se fosse o próprio, dançámos até a música parar e depois, no silêncio da nossa própria canção. Queria dizer-te tantas coisas, se tu imaginasses...

...mas tu imaginas, e sentes (eu sei). Quando os teus braços se recolocaram e a tua cabeça poisou daquela maneira em mim, percebi perfeitamente o que me dizias. E respondi-te que sim. Para sempre. Sem o dizer.

Amo-te.

sábado, junho 26, 2004

Oh coisas lindas.

(É privada sim.)

É bem, para já, peço descolpa por ter demorado tanto a executar esta tarefa.

Depois, gostava de dizer obrigado por terem perguntado, pelos vistos não me importo de ficar em casa desde que seja feliz.

Dizem vocês, vamos apanhar a ramada hoje? "Oh Ventura és tão fácil de enganar."

Serei? Ahahah.
Afinal de contas já chegas-te?

Coisa estranha essa.

Pitinho Ventura.

PS: Todos os erros ortográficos presentes nesta amostra, são propositados e sem qualquer indício de insanidade mental presente na minha pessoa...

PS2: Obrigado minhas lindas, vocês sabem que eu vos amo, são as minhas melhores amigas.

HAHAHAHA.

Prometemos voltar.

Tempos dificieis.

A ver se brevemente, a inspiração volta.

Obrigado.

Francisco Ventura.

terça-feira, junho 15, 2004

Exames.

Exames e basta, a minha ausência deve-se a isso...

Tentem lá falar vocês, até porque destoo, como diria alguém. Hehe...

segunda-feira, junho 07, 2004

Vagueando

Percorro a noite em direcção ao silêncio dos teus sonhos; dispo-te na minha cabeça, entre murmúrios de canídeos e casais menos comedidos, separados, apenas e nesse momento, por quatro paredes que lhes conferem uma falsa humanidade. Sinto-te só. Sinto-te minha. Oh fugaz morte... leva o pouco que resta de mim, na imensidão soturna do vazio...

*

O teu sorriso pela manhã,
quando acordas com os lírios e os pardais,
é a mais terna certeza da essência do amar.

A doce monotonia de saber
que ao abrir os olhos
estás a meu lado,
perfeita,
envolta na neblina dos sonhos,
que te acompanha a cada gesto.

Ainda em silêncio, ali, onde a solidão termina e o azul do céu é mais azul, sinto-te cair sobre mim, platonicamente (como se fosse a primeira vez), e o ritual começa: primeiro apressa-se a brisa da manhã a cumprimentar-te, beija-me as costas de mansinho, deixa-te serena como a bruma que a pouco e pouco se desfaz. Logo de seguida, tímido como sempre, irrompe a medo o primeiro raio de sol. A tua silhueta é agora dourada, e o teu sorriso maior. Magnânime.

Cheira a terra molhada e ouve-se a chuva lá fora, cheira a amor e ouve-se o bater em uníssono dos nossos corações, cá dentro.

"Bom dia, meu amor"
E beijas-me.

quinta-feira, junho 03, 2004

Se fores embora.

Não sei, acordei feliz,
a luz estava a entrar.

Agora sei, quando chegar a casa.
Sei onde estás.

Deixa-me acreditar!

Estou feliz.

Álvaro Punhal.

terça-feira, maio 25, 2004

A ti, sabes como acordar memórias.

A falta de um ponto final, numa frase inacabada, num capítulo, uma página rasgada. Ficará sempre em mim, a falta de uma coisa que nunca tive, na eterna procura de um rasgo de sentimento, ficou ali, inacabado, tal reticencia de um momento.
Procurar um fim?
Valerá agora a pena?

Sabes, é dificil encarar que nos falta algo, quando sabemos o que faltou, ou pelo menos somos capazes de acordar um sonho.

Que dói.

Muito.

Francisco Ventura.